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Bem vindo ao Atlas CCC, uma iniciativa do Instituto Oncoguia para dar visibilidade a toda rede de hospitais oncológicos do SUS.

Aqui você pode conhecer em detalhes os hospitais brasileiros que atendem pessoas com câncer, que aqui estamos chamando de CCC - Centros de Cuidado do Câncer.

Você já tentou saber qual a infraestrutura disponível em um Centros de Cuidado do Câncer? E o que todos oferecem juntos? Onde estão os serviços? Quais pacientes são atendidos por mês, por hospital? Qual o tipo de câncer mais atendido? Quanto se gasta com tudo isso?

Agora você encontra essas e outras respostas num único lugar, aqui no Atlas CCC.

Para todos nós envolvidos no mundo do câncer como pesquisadores, gestores hospitalares, secretários de saúde, repórteres, ONGs, cuidadores e os próprios pacientes: aqui está o Atlas CCC, uma importante ferramenta para o nosso dia a dia.

Conhecer os dados é a base para a tomada de decisão e para a construção de políticas públicas efetivas e sustentáveis, ponto amplamente buscado e priorizado.

Aproveitem!

CACONS e UNACONS

O cuidado com o paciente oncológico no SUS é estruturado com base, principalmente, em hospitais da atenção oncológica, onde vai ser feita a confirmação do diagnóstico e encaminhamento do paciente para seu devido atendimento e tratamento especializado.

Para esse atendimento, os hospitais oncológicos devem ser classificados como Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) ou Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).

UNACONCACONOUTROS

A diferença entre os dois tipos de hospitais é basicamente os tipos de câncer que cada um tem capacidade de atender.

Os UNACONs são unidades um pouco mais simples e com atendimento focado nos cânceres mais prevalentes apenas, enquanto os CACONs são unidades com capacidade de atendimento de todos os tipos de câncer (art. 26 inciso III, Portaria GM/MS 874/2013).

Atualmente, existem 359 instituições habilitadas para o atendimento oncológico.

O número de hospitais habilitados na alta complexidade em oncologia deve ser calculado para, no mínimo, cada 1.000 casos novos anuais de câncer estimados, excetuando-se o câncer não melanótico de pele (§ 4º, art.8º, Portaria SAES/MS nº 1399/2019).

Com esse parâmetro, e considerando que existem cerca de 600 mil novos casos de câncer por ano no Brasil, deveríamos ter por volta de 600 Centros de Cuidado do Câncer, quase o dobro do que o SUS tem habilitado hoje.

Para visualizar informações individuais de cada um deles acesse a nossa lista completa.

Existem ainda alguns tipos de hospitais que não se encaixam nem como Cacon nem Unacon. Eles prestam apenas alguns serviços oncológicos específicos, como de cirurgia oncológica, radioterapia e serviço de oncologia clínica. ◼

CACONS/UNACONS EM NÚMEROS

Olhando para todos os Centros de Cuidado do Câncer, é possível identificar 359 instituições existentes, 265 (73,8%) habilitadas como UNACON, 44 como CACONS (12,3%) e 50 (13,9%) com outras habilitações para oncologia e dentre esses, existem 2 que apresentaram tanto habilitação para CACON quanto para UNACON. Instituições que já tiveram habilitações para oncologia e que atualmente não possuem mais, não foram consideradas no levantamento.
Fonte: CNES, dados obtidos em jun/2022.

A partir de 2008, é possível identificar em média 10 novos estabelecimentos habilitados para oncologia por ano, sendo o ano de 2009, com maior quantidade de novos estabelecimentos, 29 novos estabelecimentos.
Fonte: CNES, dados obtidos em jun/2022.

Quantidade de CACONS/UNACONS existentes e novos

Para obtermos a quantidade de pacientes que essas instituições já atenderam, selecionamos os pacientes em tratamento de quimioterapia e radioterapia ao longo do período 2008 e 2021. Nesse período foram atendidos um total de 2.693.366 de pacientes, com média anual de 192 mil pacientes novos por ano.
Fonte: DATASUS, SIASUS, dados obtidos em mar/2022.

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Pacientes atendidos com quimioterapia/radioterapia
de 2008 a 2021

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Pacientes em média atendidos por ano

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Novos pacientes em média iniciam tratamento por ano

Ao longo desses 14 anos, o SUS atendeu em média 444 mil pacientes por ano, com um crescimento médio de pacientes totais atendidos anualmente de 5,1%. Para o levantamento foi considerada a primeira data de entrada desse paciente no sistema, independente de quantos tipos de câncer ele tratou. A maioria dos pacientes, 90,7% deles, trataram apenas um tipo de câncer com quimioterapia ou radioterapia no SUS, 8,4% dois tipos de câncer e 0,9% mais do que três tipos de câncer.
Fonte: DATASUS, SIASUS, dados obtidos em mar/2022.

Quantidade de pacientes atendidos por ano

Se olharmos para as quantidades totais de pacientes atendidos e de novos pacientes começando seus tratamentos ano a ano, vemos que o SUS tem conseguido abarcar cada vez mais pessoas: nos primeiros anos do levantamento, eram pouco mais de 150 mil novos pacientes por ano e, dez anos depois, esse número já passava de 200 mil por ano. Isso mostra que, mesmo com o impacto da pandemia nos anos mais recentes, o tratamento do câncer no SUS tem conseguido atingir mais pessoas e expandir a rede de cuidado.

Em contrapartida, em média 58% dos pacientes iniciam seus tratamentos quimioterápico e/ou radioterápico em estadiamento localmente avançado e avançado e essa métrica vem aumentando ao longo dos anos. Em 2008, 53% dos pacientes iniciaram o tratamento em estágio avançado, em 2021 esse número foi de 62%, um aumento de 8,7 pontos percentuais.
Fonte: DATASUS, SIASUS, dados obtidos em mar/2022.

Considerando a qualidade do preenchimento, em média 10,8% dos pacientes não apresentaram o estadiamento reportado no primeiro atendimento. Quando analisamos no período, em 2008, 9,6% dos pacientes não apresentaram essa informação e em 2021 esse número foi de 11,9%.

Distribuição dos pacientes por estadiamento no início do tratamento quimioterápico ou radioterápico no período de 2008 a 2021

Esse dado mostra o quanto ainda precisamos avançar no correto reporte dos dados para que tenhamos análises cada vez mais próximas da realidade.
Fonte: DATASUS, SIASUS, dados obtidos em mar/2022.

Distribuição de pacientes por estágio no início do tratamento

Analisamos também a finalidade tanto da quimioterapia como da radioterapia utilizada no início do tratamento. No caso da quimioterapia a principal finalidade foi paliativa que representou 38,3% da primeira quimioterapia realizada. No ano de 2021 a principal finalidade continuou sendo a paliativa, porém foi possível observar que as quimioterapias com finalidade prévia se tornaram a segunda mais realizada.
Fonte: DATASUS, SIASUS, quimioterapia, dados obtidos em mar/2022.

No caso da radioterapia a principal finalidade foi curativa que representou 49,6% da primeira radioterapia realizada, no ano de 2021 essa finalidade se mantém como a principal realizada.
Fonte: DATASUS, SIASUS, radioterapia, dados obtidos em mar/2022.

Os dados apresentados sobre o objetivo tanto da quimioterapia quanto da radioterapia estão de acordo com grande parte dos protocolos clínicos preconizados pelas sociedades médicas, em que, no geral, a radioterapia é utilizada como primeiro tratamento em pacientes com diagnóstico em estágios mais iniciais - que possuem maior chance de cura - e a quimioterapia costuma ser usada como segunda linha de tratamento. Já a quimioterapia como primeira linha de tratamento é mais utilizada em pacientes com câncer avançado, com menos chance de cura. Além disso, o avanço nos tratamentos inovadores dos últimos anos também pode explicar a tendência de maior uso da quimioterapia prévia em 2021.

Observamos ao longo do período a realização de 1.592.498 cirurgias em oncologia e uma média anual de 113 mil cirurgias realizadas. Como impacto da pandemia o ano de 2020, apresentou uma queda de 14,6% em relação ao ano anterior. Para as cirurgias em oncologia foram obtidos todos os procedimentos que correspondiam a cirurgias de mama (subgrupo SIGTAP 0410) e que o CID reportado na internação iniciava com C (grupo neoplasias) e cirurgias em oncologia (subgrupo SIGTAP 0416).
Fonte: DATASUS, SIHSUS, dados obtidos em mar/2022.

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Cirurgias oncológicas entre 2008 e 2021

O dado sobre as cirurgias oncológicas inclui diversos tipos de procedimentos hospitalares, assim foi levantado quais são os principais tipos de câncer (CIDs) atendidos por esses procedimentos. Os 10 principais CIDs correspondem a 69,7% do total de cirurgias realizadas no período. Esses tipos de câncer são em grande parte os tipos de câncer mais incidentes no Brasil.
Fonte: DATASUS, SIHSUS, dados obtidos em mar/2022.

Principais CIDs por volume de cirurgias realizadas

LISTA DOS CACONS/UNACONS

Separamos aqui um espaço onde você pode conferir os equipamentos, leitos e profissionais de saúde disponíveis em cada centro de cuidado do câncer, além de informações sobre quantidade de pacientes atendidos, orçamento gasto e o principal tipo de câncer que aquele hospital atende.

Para visualizar os dados detalhados de uma instituição, basta clicar em "DETALHES". Além disso, você ainda pode aplicar filtros na lista para facilitar a encontrar a instituição de interesse.

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